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Determinantes industriais da solidariedade transnacional : política intersindical global em três setores

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Determinantes industriais da solidariedade transnacional : política intersindical global em três setores

Introdução: Oaumento da concorrência global prejudica o poder dos sindicatos pois enfraquece seu controle sobre a competição no mercado de trabalho. Os sindicatos, por vezes, combatem essa ameaça mediante cooperação além das fronteiras nacionais. Apesar do interesse crescente por atividades sindi - cais transnacionais, existem poucas comparações sistemáticas entre setores. Este artigo compara exemplos de cooperação transnacional de sindicatos na indústria automotiva, no transporte marítimo e na indústria têxtil e de vestuário. Argu - mentamos em seguida que os sindicatos adotam diferentes tipos de estratégias internacionais por causa de: (1) diferentes manifestações da competição entre trabalhadores e entre sindicatos; e (2) diferentes tradições e práticas preexisten - tes de regulamentação transnacional. Dos três casos apresentados a seguir, os padrões nacionais de represen - tação dos trabalhadores são mais importantes na indústria automotiva, pois os sindicatos continuam a ser constituídos por um núcleo sólido de membros com forte influência industrial em torno de alguns centros de poder corporativo. As pressões são resultado de práticas de gestão como terceirização e benchmarking , que têm aumentado a competição interna nas empresas. Onde os sindicatos rea - giram por meio da cooperação transnacional, eles o fizeram a partir de posições locais e nacionais fortes. Os sindicatos construíram relações transnacionais está - veis e centradas nas empresas em torno dos European Works Councils (EWC) e dos World Works Councils (WWC) . Entretanto, o caráter dessas estruturas, centrado nas empresas, desloca o foco da cooperação para longe da competição global entre empresas. Interesses locais e nacionais infundem o comportamento de organizações transnacionais, que procuram estruturar – não atenuar – a com - petição entre fábricas.No transporte marítimo, vemos o desenvolvimento da negociação setorial coletiva global no contexto de uma estrutura regulatória globalizada. Sob o sistema bandeira de conveniência (conhecido como sistema FOC , Flag o f c on - venience ) de registro de navios, os empregadores podem contratar trabalhadores de qualquer país para trabalhar em qualquer lugar do mundo. A competição glo - bal ocorre em um mercado de trabalho segmentado por ofício e nacionalidade, entre sindicatos e indivíduos à procura de emprego em um mercado de trabalho desnacionalizado. Os sindicatos têm sido capazes de influenciar esse mercado de trabalho global a partir de práticas anteriores regulamentação transnacional e rompendo elos cruciais na cadeia produtiva, principalmente portos, tornando possível a negociação coletiva global para atenuar a competição salarial. Na confecção de roupas, os sindicatos do Hemisfério Norte não têm sido capazes de evitar a migração de empregos para o Hemisfério Sul. A competição entre Norte e Sul tem aos poucos cedido lugar a uma dinâmica competiti - va Sul-Sul. Os sindicatos têxteis do Norte, tais como Union of Needletrades, Textiles and Industrial Employees (Unite), sediada nos Estados Unidos, têm ajudado a organizar campanhas no Sul por meio da pressão dos consumidores do Norte; entretanto, devido à reação de empregadores, que mudam a loca - lização das fábricas quando essas se sindicalizam, os sindicatos desenvolveram campanhas para organizar indústrias do setor têxtil com menos mobilidade em seus países de origem. O transnacionalismo dos trabalhadores continua a ser realizado mediante campanhas esporádicas, não por meio de uma organização contínua. Este artigo discute o estado da arte sobre a cooperação e a competição transnacionais do trabalho; esboça os fatores de incentivo e desincentivo que explicam evento recentes na política intersindical global, e examina três casos em relação a seus padrões de cooperação, competição e regulamentação transnacio - nal preexistente do trabalho. - -

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